quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os dragões do dia a dia

Olá Leitores,

Vocês já param para pensar sobre os dragões que enfrentamos todos os dias? Às vezes eu me sinto um cavaleiro sem a armadura. E vocês? Já se sentiram assim?

Os dragões aparecem de onde menos esperamos, e para tal temos que ou enfrentá-los ou deixar que passem por nós. Só que quando passam, nos deixam chamuscados com o fogo de sua fúria ou dor exteriorizada através de suas garras.

Sim, às vezes somos como Dom Quixote de La Mancha que vê dragões e gigantes em meros moinhos de vento, desilusões nossas à quais nos agarramos imaginando um possível conforto sentimental ou ato de heroísmo de nossa parte; ou talvez somos como o pobre Sancho Pança que tinha que acompanhar aquele que combatia os dragões imaginários. Acreditar que o dragão existe já fazia com que ele ficasse dúbio com os seus pensamentos e sentimentos; no que acreditar? Nos próprios olhos (vendo moinhos) ou em seu amo que dizia que lá estavam os inimigos.

Pois é, cada situação é diferente, mas parece que qualquer uma delas insiste em ressurgir em diversos momentos em que vivemos, e o que fazer então? Vocês leitores podem dizer que temos que nos virar para ele (o dragão), desembainhar nossa espada e enfrentá-lo, transpassando-o com nossa fria lâmina em seu coração, mas daí vem o dilema do remorso: e o coração do dragão? Como ele fica? E nós? Será que sentiremos vitoriosos com isso ou o cheiro do metal ficará em nossas mãos?

O dragão pode muito ter sido apenas uma criação nossa ou do nosso meio, ele pode ser exterior ou existir no mais fundo do nosso âmago, e esse é pior, pois vai nos destruindo pouco a pouco interiormente até que nada de nós sobreviva e nos fique apenas essa essência draconiana a que tudo fere.

É... diversas coisas nos são apresentadas e que nos testam a cada momento. E são estas mesmas que nos moldam pouco a pouco a cada dia.

Não sei se os meus dragões de hoje foram derrotados, ou se continuam lá me esperando para um novo encontro ao amanhecer; mas não desisto, continuo em frente olhando para eles, pois posso talvez descobrir que não eram mais que pequenos cata-ventos quando alcançá-los.

té+

Um comentário:

Daiani disse...

Concordo com seus sentimentos referente aos dragões do dia-a-dia. Infelizmente eles vem de todos os lugares e de situações inesperadas. Às vezes me pergunto, porque as pessoas são tão hipócritas, porque elas tem tanto ódio uma das outros. Será que é tão difícil amar ou até mesmo respeitar o próximo?