quinta-feira, 23 de julho de 2009

A moral do certo e errado

Olá a todos,

Esses dias a noite assisti pela internet um debate entre Richard Dawkins e Jonh Lennox sobre o livro Deus, Um Delírio. E teve um ponto em específico que me chamou a atenção: Moral e Sermos Bons.

Nesta hora ficamos pensando sobre o que é moral, e sobre como distinguimos o certo do errado. Afinal o que é certo para uma pessoa pode ser completamente errado para outra, até porque essas definições são influenciadas por muitos fatores, desde culturais, familiares, religiosos, etc... Richard Dawkins sustenta que não precisamos de religião para diferenciarmos o certo do errado, e não vejo motivos para discordar, pois a religião apenas acrescenta mais regras nas nossas distinções. De acordo com ele, existe uma regra universal: Faça aos outros o que desejas que façam consigo, ou na versão inversa: Não faça aos outros o que não queres que façam consigo. Parece uma certa simplificação do conceito, mas afinal ele ele esta certo.

Ah, mas isto pode tirar a religião fora da equação. E o que fazer com os 10 mandamentos? Ué, não lembram-se que o próprio Cristo resumiu os 10 mandamentos num só: Ame ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as demais coisas. Vendo desta maneira, o mandamento de Jesus Cristo e o faça aos outros o que desejas que façam contigo são duas maneiras de se dizer a mesma coisa.

Mas mesmo, assim, o que eleva a nossa moral a cada no era, ou momento da estória?
Existe uma teoria formulada por Dawnkins chamada Moral Zeitgeist, que basicamente fala que a moral evolui constantemente, ou seja, a definição do certo e errado evolui também. Um exemplo simples: Ter escravos. Era praticamente normal e não tinha nada de errado no passado possuirmos escravos, inclusive a Bíblia cita que podemos ter escravos desde que sejam de nações vizinhas LV 25.44-46. Mas isso hoje é considerado errado, e por um motivo extremamente simples, nós não queremos ser escravizados, logo também não escravizamos.

Sim, assunto complicado e que nos leva a profundas filosofias: O que é Certo, e o que é Errado? E quem pode definir ou julgar isso? Nos nossos tribunais, o Juiz não julga o certo e o errado, o que ele julga é se uma ação ou atitude esta de acordo com a Lei ou não. Mas pensando um pouco, será que poderíamos resumir a nossa Constituição ou os A Declaração Universal dos Direitos Humanos ao mandamento do Cristo ou ao "Não Faça aos Outros o que Não Queres que Façam a Você".

Fui, ah, segue abaixo o vídeo da primeira parte do debate.
O Debate: Deus, o delírio | Richard Dawkins X John Lennox

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Li Amanhecer

Olá a todos,

Fiquei um tempo sem bloggar, pois estava entretido com a leitura do último volume da saga Crepúsculo. Sim, sim, eu sei que é livro para meninas, não vou discutir isso novamente, e daí, a estória é boa, não me interessa que o Vampiro é um emo todo inseguro e não um animal homicida e sedutor como Conde Drácula. Ok, segue meus comentários. Não precisem ter receio em ler, pois não há spoilers no texto.

A autora, Stephenie Meyer, evoluiu muito no modo que conduz sua narrativa, bem como a contextualização do suspense, já fazia um tempo que não leio algo que atrapalhou as vezes a minha respiração com tal apreensão do momento. Palmas à autora. Está aprendendo mesmo, evolução à olhos vistos (ou lidos).

Com relação a estória, ela continua bem no ponto onde parou Eclipse (que leu sabe o que estava acontecendo), passa daí por momento Cinderela com seu príncipe encantado, quando obviamente as coisas não saem como esperado, e problemas então surgem; senão iria escorrer açúcar pelas páginas.

Nossa, é meio complicado falar de algo que não pode-se falar :-), pois sei que pessoas que ainda não o leram este livro podem vir a ler este review, mas continuemos. Diferente dos três primeiros livros, este volume é divido em três partes distintas, sendo a primeira e última pela ótica de Bella (como os volumes anteriores), e a sua segunda parte pela ótica de Jacob, acrescentando assim um dinamismo muito maior a narrativa. Talvez seja por isso que a autora resolver re-escrever Crepúsculo pela ótica de Edward, mas o projeto foi abandonado devido à um vazamento na internet, veja mais sobre isso no seguinte link.

Nesta mudança de estilo, a estória passou para um lado mais políticos, questionando o direito dos Volturi de reger e estipular leis aos vampiros, criando assim uma espécie de aliança rebelde que culmina num grande confronto intelectual e de poderes sobrenaturais que alguns vampiros possuem (leitura de mentes, prever o futuro, criar ilusões, etc). Sim, eu lembro que prometi que não teriam spoilers, mas os Volturi vocês já conhecem, né? Não? Ops...

Infelizmente nem tudo são flores neste último capítulo; a autora deixou muitas coisas sem respostas e vários personagens foram simplesmente esquecidos, inclusive alguns deles dizendo que certos problemas deverão ser resolvidos no futuro. Ué? Será que a autora tem em mente uma continuação? Se sim, o que esta esperando, queremos mais :-) Pelo menos um epílogo curto, tipo... Cinco anos depois encontramos nossos personagens novamente em suas vidas agora extremamente entediantes, he he he. Ela cita algo sobre isso no vídeo abaixo.

Minha nota: Amanhecer: 8 e para a série Crepúsculo que li toda: 9,5

E que venham os demais filmes, e mais um livrinho se possível. Já ia esquecendo, se alguém da Intrinseca, estiver lendo isto, poderiam publicar no Brasil o outro livro dela, The Host? Por favor :-) Fiquei interessando em ler uma ficção científica.

Stephenie Meyer talks about Breaking Dawn