quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Assisti Avatar

Olá a todos,

Assisti (um pouco tardio) ao filme Avatar, e creio que um review dele deva ser feito sob dois aspectos: Estória (enredo) e tecnológico (a produção do filme).

Ok, vamos à primeira parte: A Estória.

Aqui fica óbvio o objetivo é remover qualquer risco de não agradar o público, seguindo praticamente à risca receitas consagradas, ou seja, mocinho, que se apaixona pela mocinha que está com o seu povo em perigo e que ele passa a ajudá-los contra os inimigos de quem ele mesmo no início fazia parte, ou seja, uma mistura de herói com traidor. Alguém lembrou de Dança com Lobos? Eu lembrei.

Somado à isso um pouco da religião pagã e a ideia de Gaia, onde todo o planeta e seu seres vivos tem a mesma origem (o que no filme foi introduzido numa maneira inédita e genial), o que reforça o lado ecológico do filme, pois os inimigos querem derrubar a floresta para pode extrair um minério valioso.

E pra fechar, um modelo militar que o próprio diretor já havia usado anteriormente em Aliens (observe a cabine da nave de comando e a pilota usando um óculos Ray-Ban, igualzinho), e frases tiradas diretamente do ex-presidente Bush como por ex: "Temos que iniciar uma guerra "preventiva", combatendo terror com terror."

Agora a Tecnologia:

Primeiro: Uau!!! ... Sem palavras por um momento...

Eu lembro bem o dia em que fui ao cinema assistir à Jurassic Park, onde fiquei tão embasbacado quanto o personagem de Sam Neil ao ver o primeiro dinossauro. Nossa, ele parece de verdade (!). Inclusive o próprio George Lucas ao ver este filme pensou o mesmo e decidiu dar inicio à nova trilogia Star Wars, pois o cinema tinha atingido um novo estágio. Mas quando se assiste filmes como Star Wars e Matrix, existe uma certa sensação de artificialidade, como: - Legal essas cenas, mas sei que são geradas por computador.

Agora em Avatar é diferente, praticamente nada passa a sensação de ser artificial (alguns bichos talvez), as plantas, as florestas, as cachoeiras... simplesmente não dá para dizer se o que estamos vendo é real ou computação gráfica. Os próprios nativos (na'vi) e os avatares dos atores, parecem que são eles mesmos pintados de azul, mas quando eles interagem com humanos e fica aparente a sua altura (3 metros), nos confunde completamente a visão. Isso é real ou não? Como tudo isso foi feito? Logo na primeira cena onde ele corre e sente os dedos do pé na terra, você fica olhando procurando alguma pista. Meu pai que estava comigo na sessão (raríssimo levá-lo ao cinema), disse que eles deve ter esticado os atores, e ele ficou muito impressionado.

O uso da tecnologia 3D foi muito bem empregada, sem a necessidade daqueles abusos clichês comuns do tipo: coisas apontadas na cara do público ou jogando coisas pela tela. O uso dela se restringiu à dar ao público a possibilidade de olhar e admirar as belezas de Pandora (planeta ou lua onde se passa o filme).

As cenas de ação são vertiginosas (mais ainda se você assistir numa sala IMAX, como eu :-)). As cenas de altíssimos penhascos são usadas à exaustão (e novamente vem a sensação: como fazem isso? Onde estava essa câmera? Olha um míssil passando! Uma bicho enorme alado esta atacando aquela nave! Respira, respira... :-))

O filme poderia ter sido um pouco mais curto, em alguns momentos ele cansa um pouco, principalmente durante o romance açucarado e inocente entre o mocinho (Sam Worthington) e a mocinha (Zoë Saldaña); fica inclusive a repetir em mostrar o cenário repetidas vezes. Alguém me acorda quando esse trecho acabar.

Ok, já falei demais segue notas:

Estória: 7 - muito bobinha, podia ter ousado um pouco mais.

Tecnologia: 10 - acho que foi pra isso que o filme foi feito, senão seria apenas mais um filme de homem "civilizado" contra homem primitivo e nativo.


Avatar

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Assisti Lua Nova

Ola a todos,

Andei meio ausente dos cinemas ultimamente, mas consegui uma brecha para ir assistir Lua Nova. E estava curioso por este, afinal li os livros. ;-)

Primeiro estava um pouco preocupado com a direção, afinal Chris Weitz arruinou o filme Bússola de Ouro (um dos meus livros favoritos, sniff). Mas depois entendi a escalação: Houve apenas uma cena bem feita em Bússola de Ouro: A luta dos Ursos de Armadura, e pasmem, a cena foi repetida igualzinha em Lua Nova na cena da briga dos Lobos (replay total).

Ok, quanto ao filme, conseguiu de maneira consistente transferir a fase depressiva de Bella para as telas, com destaque à cena onde ela senta-se em seu quarto, enquanto a câmera gira em sua volta e se observa os meses passando. Para quem não leu o livro, algumas coisas ficaram estranhas e sem sentido (sério, eu questionei algumas), portanto apenas irá curtir mesmo os que leram a obra.

Os atores, infelizmente, continuam uma lástima. Antes eu achava Robert Pattinson um ator ruim, agora tenho certeza. As tentativas de demonstrar qualquer tipo de emoção destoam totalmente com relação ao resto do elenco, e Kristen Stewart até que é esforçada, e acaba combinando bem com a personagem sem sal do livro. Taylor Lautner surpreendeu, mostrando-se bem à vontade na interpretação de Jacob (apesar que no livro ele é mais jocoso e cínico).

Há, e já ia esquecendo, os Volturi até que estão bem retratados, mas dá uma sensação de Anjos da Noite. Dakota Fanning deve ter se divertido aos montes. Esperamos por ela nos próximos filmes.

Minha nota: 6,5 Para fãs do livro somente.

Escolhi um trailer com mais ação para não acharem que é filme pra menina:

Trailer Lua Nova