quinta-feira, 19 de março de 2009

Assisti As Crônicas de Sarah Connor

Olá a todos,

Terminei de assistir à primeira temporada da série O Exterminador do Futuro: As crônicas de Sarah Connor. Logo de cara dá para perceber o respeito e o cuidado que a série tem com relação aos dois primeiros filmes, sendo praticamente uma homenagem à criação de James Cameron. O melhor que fizeram foi ignorar quase que totalmente o sofrível terceiro filme de 2003, tanto que encontrei referências de que esta série seria o novo "T3".

A estória continua a mesma, Sarah vive com seu filho John (futuro líder dos humanos contra as máquinas), aí vem do futuro um exterminador "mau" para matá-lo e um exterminador "bom" para protegê-lo. Ok, nada de novo aí, mas para uma pessoa como eu, fã dos dois primeiros filmes, ficar achando a quantidade de referências sutis, é toda uma diversão à parte. Pena que fora Lena Headey (a rainha de Esparta em 300), os demais atores sejam demasiadamente amadores. O exterminador T-888 conseguiu ser pior que Arnold Schwarzenegger na atuação. Imagine a cena: você é um ator ruim que não consegue expressar nenhuma emoção, e precisa interpretar um robô que não tem expressão nenhuma; na teoria perfeito, na prática um desastre quase pastelão.

O John Connor e a Cameron Philips (Exterminadora "boazinha", mas com problemas de consciência androide) vivem o dia a dia na escola como se estivessem fazendo teste de atuação para conseguir um papel secundário em Malhação.

As péssimas atuações são compensadas pela boa e bem amarrada estória que esta sendo contada. O que fica a sensação de querer ver mais. Pena que foram apenas 9 episódios, mas a segunda temporada conseguiu 22, mas ainda não há previsão de lançamento do box de DVD, o jeito é esperar, mas não muito pois Terminator Salvation está quase aí nos cinemas. ;-)

Minha nota: 7, boa estória, péssimas atuações

"Escute e compreenda! Aquele exterminador está lá fora. Não aceita negociar! Não pode ser chamado à razão! Não sente pena, nem remorso, nem medo! E não vai absolutamente parar, nunca, até você estar morta!" - Kyle Reese para Sarah Connor


The Sarah Connor Chronicles

segunda-feira, 16 de março de 2009

A bússola da filosofia

Olá,

O que será que define a filosofia? Se pegarmos a palavra em grego, filosofia é "que ama a sabedoria". Ok, entendi que amar a sabedoria é ser um filósofo, e será que isto pode ser útil para alguém? Nos meus pensamentos procuro respostas, e para obtê-las, é necessário saber. Mas saber o quê? Leio um livro após o outro, como vocês tem acompanhado neste blog, e será que assim tenho sabedoria? Sabedoria pode ser comparada com conhecimento?

Sempre utilizo uma frase: -Eu sei o que sei, mas não sei o que o outro sabe. O que quero dizer com isto? Que sempre temos algo a aprender com o outro, não importa que seja, não importa se tem um diploma de doutor ou se é um analfabeto, eles sempre saberão algo que não sei, e assim aprendo mais um pouco.

Todo dia me pergunto: O que aprendi hoje? Qual o novo conhecimento que adquiri? Seria eu uma representação de uma rede neural em constante evolução? Preciso de mais conhecimento, mais. Como uma alma em busca de si mesma.

A habilidade de agir corretamente e no momento correto. Esse é o grande objetivo que todos nós buscamos, até aqueles que não sabem o que procuram, estão na verdade procurando esta habilidade, mas ela esta escondida muito longe dentro de nós mesmos, e o conhecimento adquirido dia após dia serve de bússola para localizarmos essa nossa habilidade dentre tantas outras.

Alguns dizem que a pessoa nasce com um ou mais dons; não acredito nisso. Nascemos com todos os dons, estão todos lá esperando serem acionados e assim tornando nós mesmos sábios, filósofos, músicos, cientistas, e finalmente parte do todo, de tudo e do nada. Uma peça do cosmos em perfeito equilíbrio de força antagônicas tal o yin yang.


The Child in Us

quarta-feira, 11 de março de 2009

Li Há dois mil anos

Olá a todos,

Terminei de ler o livro Há dois mil anos de Chico Xavier. O livro foi publicado inicialmente em 1939, logo imaginem a grafia que fui submetido, parecia as antigas aulas de português onde tínhamos que ler vários livros de várias épocas, só não utilizei o dicionário diversas vezes, porque o meu fabuloso Houaiss é grande pra burro, e dá preguiça consultá-lo (cada vez que faço isso desenvolvo um pouco mais meu bíceps).

Ok, voltando ao livro (aos poucos você se acostuma com a gramática antiga). O livro conta a estória do senador romano Publius Lentulus, que vive justamente na época de Jesus Cristo, inclusive ele tem um breve encontro com o messias, onde sua filha é então curada. Publius é também amigo de Pôncio Pilatos, e acaba acompanhando um pouco de longe o momento da crucificação. Sua mulher Lívia, acaba por se converter ao cristianismo e tenta interceder por Jesus, mas como todos sabemos, não foi bem sucedida.

Após este trecho, a estória se perde um pouco, continuamos acompanhando a vida do senador e a busca por seu filho desaparecido (raptado), mas não acrescenta muito à narrativa.

Muitas vezes me senti um pouco perdido durante a leitura, como se não soubesse mais sobre o que estava lendo, pois em alguns momentos acompanhamos sua filha e genro, e os nomes romanos não ajudam muito para a compreensão geral da estória.

O final é tocante, e nos faz pensar um pouco na vida e valores que damos as coisas. Sem tentar ser doutrinador, o livro é ecumênico, não preocupe-se se ele não foi escrito pela sua religião, ele se atem apenas aos valores cristãos pregados por Jesus.

Minha nota: 6, o terceiro quarto do livro é confuso e as vezes chato, mas não chega a prejudicar a obra. Talvez eu venha a ler a continuação: 50 anos depois.

Achei esse audio no youtube: mas a voz do cara parece que ele tá contando uma estória de terror, inclusive com uns barulhos de fundo:

Há 2000 Anos - Capítulo 01

segunda-feira, 9 de março de 2009

Assisti Watchmen

Olá a todos,

Enfim o infilmável foi filmado. A graphic novel mais complexa já escrita e considerada pelos estúdios como impossível de ser levada aos cinemas, está lá. Completa, impecável. Zack Snyder conseguiu novamente, depois do excelente 300 de Esparta, ele deixa novamente o mundo de queixo caído com Watchmen (Vigilantes).

Para quem leu os quadrinhos vai achar no filme, praticamente cada fala, cada angulo de filmagem e a maioria das sensações controversas que a estória passa. No mundo vislumbrado por Allan Moore, não existe bons e maus, existem loucos, psicopatas, sensos de justiça e patriotismo desvirtuados por governantes e governados. Aqueles que se enredam na noite mascarados querendo colocar ordem no caos, podem ser considerados tão criminosos quanto aqueles à que lutam contra.
Para quem não leu, pode ficar assustado. Uma pessoa me disse: -Eu vi o trailer, tem bastante ação né?. E eu respondi: -Não. O filme é filosófico e talvez poucos consigam compreendê-lo.

Eu mesmo não sei se já o compreendi como todo. Fiquei com aquela pulguinha atrás da orelha pensando se peguei a maior parte dos detalhes. Como o filme ainda não estreou na cidade onde moro (assisti em florianópolis), vou aproveitar para reler a graphical novel e assistir o filme mais uma vez quando aqui estrear, para poder analisar ainda mais os detalhes da chamada "Bíblia dos Quadrinhos". Sério, é assim como é chamada por muitos nerds aficionados nesta vertente literária.

Uma informação interessante: A revista Time elegeu os 100 livros mais importantes de 1923 até a atualidade, e apenas um livro gráfico (quadrinhos) esta presente na lista, justamente Watchmen, vejam só: http://www.time.com/time/2005/100books/0,24459,watchmen,00.html

Voltando ao filme: praticamente perfeito, fiquei embasbacado por pelo menos umas 24 horas, a cada hora que fechava os olhos voltavam as imagens feitas em perfeita com sons fortes e explícitos, a cada osso quebrado, praticamente a dor era compartilhada com a audiência.

Cabe um aplauso especial ao ator Jackie Earle Haley, a sua interpretação do Rorcharch fez com que o Hannibal Lecter de sir Anthony Hopkins parece-se uma professora de jardim de infância. O considero o melhor herói psicopata já retratado no cinema, com atenção à cena da prisão.

Outra coisa que ia me esquecendo: Talvez algumas pessoas fiquem preocupados com a alta censura, 18 anos, que o filme recebeu. Mas veja por outro lado, pela primeira vez, uma estória em quadrinhos é tradada como algo adulto. Mas concordo que exageraram, 16 anos de censura seria suficiente.

Minha nota: 10 apesar de atores fracos fora o citado, o filme mereceu, e que venha a versão do diretor em DVD/BlueRay!


Watchmen Trailer

quarta-feira, 4 de março de 2009

Assisti Operação Valquíria

Olá,

Posso dizer que vi Tom Cruise parecendo adulto. Até quando ele fez Nascido em 4 de Julho, apesar da maquiagem, continuava parecendo um adolescente de cabelo comprido. Mas em Valquíria, ele finalmente virou adulto. Com uma atuação forte e bem definida, o ator surpreende, mesmo depois dos problemas que as suas convicções religiosas trouxeram (Os próprios alemães não gostaram que ele tinha o papel principal), e isto fez com que o estúdio fizesse mais propaganda sobre o diretor Bryan Singer (X-Men, Superman, Os Suspeitos).

A produção é muito cuidadosa com detalhes da época, por tratar-se de uma estória real, e com real interesse do Ministério de Defesa da Alemanha, por mostrar que nem todos estavam com Hitler, existia uma resistência que via a guerra tinha desviado dos propósitos iniciais e que estava virando um uma mistura de genocídio e caos para toda a Europa.

As cenas são rápidas, os diálogos objetivos, contando a estória com muito suspense. Destaco a cena em que Claus von Stauffenberg (Tom Cruise) precisa pegar a assinatura pessoalmente do Führer, acho que ninguém respirou no cinema neste momento.

Minha nota: 8


Valkyrie Trailer