quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Solidão Passada

Olá novamente,

A solidão mental é algo que volta e meia aparece por dentro dos sentimentos. Você esta só fisicamente, e a sua mente também está, é como se ela fosse dar uma volta externamente ao nosso ser. Eu me vejo fisicamente aqui, mas onde estará a minha mente, onde estará a minha alma. Onde irei encontrá-la. Será isso possível?

Nos momentos em que isso ocorre somos tomados por uma espécie de vazio interno, sabemos assim que há algo a preencher, mas procuramos e não o encontramos. Existe um texto que é as vezes creditado a Chico Buarque, mas que na realidade a autoria é de Fátima Irene Pinto, e esse poema me acompanhou boa parte do ano de 2007, ele sempre me fazia pensar enquanto ouvia uma canção de Julee Cruise (O Rouxinol). Segue:

Solidão por Fátima Irene Pinto

Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos
pela ausência de entes queridos que não podem
mais voltar...
isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente
se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos...
isto é equilíbrio.

Tampouco é a pausa involuntária que o destino
nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a
nossa vida...
isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão, pela nossa Alma!

Um post deprê, mas ao mesmo tempo tempo reflexivo, alguns amigos irão reconhecê-lo, pois já passei ele adiante via e-mail algumas vezes, dizendo que era um espelho do meus sentimentos e pensamentos daquela época. Encontrei ele por acaso, talvez o universo guiou os meus clicks a deriva na internet para localizá-lo e me fazer pensar, quem sabe...

Atualmente isto não é mais uma realidade, pois reencontrei os trilhos na minha vida, o que diversas vezes achei que haviam se esvaído por completo e que a busca pela minha alma era totalmente em vão. Felizmente não desisti (eu sou teimoso, eu sou um gamer :-)). Já li que jogadores de videogame são naturalmente mais persistentes, pois estão acostumados a "morrer" muitas vezes e assim mesmo continuam tentando, sempre tentando superar a experiência passada. Talvez esse seja o meu caso.

Até mais e deixo vocês com Julee Cruise:

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