quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Li A Cabana

Olá a todos,

Terminei de ler o livro A Cabana. Posso dizer que foi uma grata surpresa e realmente me surpreendi com a boa narrativa e com as questões muito bem levantadas e ao mesmo tempo tão bem respondidas (na visão do autor, claro).

Teve um momento que fui levado a lembrar a clássica cena em que Neo se encontra com o Arquiteto (Matrix Reloaded) onde ele meio que não sabe direito o que perguntar e nem entende as respostas do seu, assim dizer, criador.

O livro tem como centro uma questão interessante e intrigante: se ocorrem tantas coisas ruins, mesmo com pessoas boas, por que Deus nada faz para impedir? Acho que todos, de qualquer religião existente já deve ter feito essa mesma pergunta.

E se nós tivéssemos a chance de ficar cara a cara com Ele? Que perguntas faríamos? Iriamos agradecer ou acusá-lo? Será que nos nossos momentos de extrema raiva brigamos com Ele? Ou acusaríamos a humanidade por Ele criada sendo assim também o culpado?
No livro o personagem principal, Mack, durante a sua "Grande Tristeza" recebe na caixa de correio um convite aparentemente de Deus para passar um final de semana na tal cabana onde anos antes supostamente sua filha menor fora assassinada, digo supostamente porque seu corpo não fora encontrado, apenas seu vestido manchado de sangue.

Apesar do aparente tema trágico, o livro consegue de uma maneira brilhante equilibrar momentos de humor, angústia, beleza, emoção e suspense. Fazia tempo em que um livro não me fazia rir, tive que parar de ler por uns instantes por causa da risada :-).

No final do livro, calma não é spoiler, é citado um tal de Projeto Missy, onde leitores no boca a boca ajudam a divulgar esta obra, inclusive pedidos aos blogueiros que falem dele (eu estou aqui fazendo a minha parte). E aparentemente funcionou, pois foi parar como numero 1 dos mais vendidos inclusive aqui no Brasil. Lembram do meu post sobre o quanto os blog influenciam?

Ok, mas e com relação a religiosidade do livro? Sim, acho que o livro é mais dirigido aos cristãos, mas não notei em nenhum momento uma tentativa de evangelizar ou até de catequizar o leitor, ele apenas tenta apresentar os desígnios do Papai (como o livro chama) e a sua visão do mundo. Podes ler sem preocupações evangélicas.

Nota 9. Já está nos meus favoritos ;-)

Segue uma entrevista com o autor:

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