sábado, 20 de setembro de 2008

Li O Elo de Alexandria

Saudações a todos,

Aproveitei a gripe que esta me incomodando num sábado chuvoso e aproveitei para terminar de ler O Elo de Alexandria. Prometo que ano que vem eu tomo a danada da vacina, mesmo que as vezes é bom ficar embaixo do ededron lendo um bom livro, o chato é aquela caixa de lenços que me acompanhou nesta tarde. ;-)

Mas vamos ao livro, ele é a continuação do livro O Legado dos Templários que por sinal é também muito bom, portanto se alguém tiver interesse em lê-lo, saiba que tem um livro antes, pois os personagens não são reapresentados e poderão se sentir meio perdidos na narrativa.

Steve Berry tem um estilo bem dinâmico na sua forma de escrever, nada de muitas descrições, é direto na ação e suspense logo nas primeiras páginas. Acho que até poderíamos compará-lo a Dan Brown, mas num nível bem mais superior, para quem gosta do estilo, um prato cheio. O que eu gosto bastante, é que sempre no final dos livros, ele faz um relato separando o que é histórico e o que é ficção, o que acaba sendo bastante instrutivo.

Nessa estória, o ex-agente Cotton Malone (agora um livreiro de obras raras), após o seqüestro do seu filho, se vê obrigado a revelar a localização do Elo que dá o título ao livro que na verdade é uma pessoa que estudou antigos escritos e teve acesso aos "guardiões" da biblioteca. Algo como um serviço de proteção à testemunhas, pois só ele sabia o paradeiro desse carinha.

Ok, mas a Biblioteca de Alexandria não havia sido destruída no século VI? Sim, mas de acordo com o livro, existiam guardiões que acreditavam no valor do conhecimento que os papiros continham e meio que fizeram um backup deles, roubando alguns, copiando outros e etc... E que até hoje existe essa "sociedade" que guarda esse backup em segredo num local conhecido por poucos.

Mas qual é o grande segredo que ela conteria? O próprio Carl Sagan na série Cosmos disse que a humanidade já possui muito mais conhecimento do que os antigos filósofos, astronomos e sábios da época. O segredo é que nela continha uma cópia dos originais do Antigo Testamento, o que não existem mais.

O Antigo Testamento não foi escrito em grego, mas num hebraico antiguíssimo que poucos conheciam, e depois foi feitas traduções das traduções até chegar ao grego. Atualmente o Antigo Testamento é baseada na versão chamada de Vulgata de São Jerônimo que a traduziu para o Latim (sente o rolo).

Ok, mas e daí que existam falhas nessas traduções? Ora bolas, o Oriente Médio briga até hoje por causa do que esta escrito no Velho Testamento: Cristãos, Judeus e Muçulmanos acha que Jerusalém é a sua terra santa e que a presença do outro é sacrilégio. Tudo porque no Velho Testamento Deus deu a Terra Prometida a Abraão e aos seus descendentes. E se por acaso as escrituras originais aparececem?

Ouch! Acho que poderia dar um pouquinho mais de briga lá. Basta ligar o jornal em qualquer dia da semana, que todo dia tem alguma reportagem de algum conflito na Palestina, tanto que ao ver essas reportagens, nem nos importamos mais. Eles vivem se brigando mesmo.

Nota: 7, o autor já foi mais criativo em livros anteriores.

Até+

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