domingo, 7 de junho de 2009

Li O Jogo do Anjo

Olá a todos,

Carlos Ruiz Zafón conseguiu novamente. Temos mais um belo exemplo de literatura bem escrita com uma trama bem pensada e que nos prende até a última página do epílogo.

Este livro passa-se antes da estória escrita em A Sombra do Vento, apesar de escrito depois, logo é uma chamada prequel. Desta vez acompanhamos um escritor ao invés de um livreiro (sempre as estórias giram em torno de um livro) no labirinto do Cemitério dos Livros Esquecidos, lá ele encontra um livro que tem a mesma finalidade do livro que ele foi contratado para escrever: Um livro que foi encomendado por um editor estrangeiro que ele chama de patrão, que tem um broche de anjo na lapela (motivo do título). Não vou falar sobre a trama do livro que foi solicitado a ser escrito, pois no momento desta revelação, fiquei completamente pasmo. :-O
O "Patrão" aparece em diversas ocasiões querendo saber como anda o "projeto" pelo qual ele pagou uma quantidade exorbitante de dinheiro.

Em vários momentos, alguma pessoa acaba atrapalhando de alguma maneira o desenvolvimento do livro, e após isto acaba por morrer numa situação aparente de acidente, o que coloca a polícia no encalço do nosso pobre escritor envolto em tão difícil tarefa. Logo, ele tem que lidar com um Patrão misterioso, um romance não correspondido, amigos da alta sociedade, uma assistente "insistente", ajudar o sr. Sempere, escrever o livro e ainda investigar as mortes misteriosas que ocorrem a sua volta e que o apontam como principal suspeito. Claro que isto em alguns momentos torna a narrativa um pouco complexa, exigindo uma certa atenção do leitor, mas em nada prejudica o andamento, pelo contrário, lhe torna ainda mais preso à leitura.

Posso dizer que já virei fã assumido do autor. Li que ele pretende escrever quatro estórias em torno da livraria Sempere e Filhos e o Cemitério dos Livros Esquecidos, pois pode ter certeza que estarei no dia do lançamento esperando para comprar o meu exemplar. :-)

Mais que recomendo. Não vou me estender muito nesta minha resenha, pois praticamente tudo que disse sobre A Sombra do Vento, vale para este aqui também e melhor. Uma ressalva é que neste caso o autor começa lentamente a flertar com o sobrenatural, e a deixar algumas pontas soltas que, espero eu, serão explicadas nas próximas obras, pois nos deixa pensativos sobre o que realmente ocorreu.

Minha nota: 9,5. Superou A Sombra do Vento
El Juego del Ángel

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