quinta-feira, 2 de abril de 2009

Divagações

Olá a todos,

A vida continua como sempre, com seus altos e baixos, e no fim é apenas uma questão matemática: A soma-se os altos e subtrai-se os baixos, aí vem o resultado: Positivo ou negativo?

Ouvi a seguinte frase muitas vezes: "Acho que joguei pedra na cruz." O que será que a pessoa quis dizer com isso? Que estava presente em Gólgota à dois mil anos atrás e até hoje está pagando por isso? Talvez sim, talvez não. Como diria o Dr. Manhattan: A vida é superestimada. É muito fácil quando o mundo externo a nós não esta bom, e então colocarmos a culpa nas mais diversas coisas, mas será que nos incluímos nestas coisas?

Eu não lembro de ter assistido a crucificação, portanto se algo não esta bom, eu deveria ser responsável por isso? Afinal, não são os incomodados que tem que se mudar? Você já tentou mudar alguma vez? Ou preferiu ficar preso à uma situação culpando algo pelas coisas não estarem bem?

Recentemente li um livro (não fiz review dele aqui) chamado Quem me Roubou de Mim? Neste livro fala sobre como temos nossa subjetividade sequestrada por outras pessoas e até por situações onde somos incapazes de sair e nos tornar pessoas.
Tornar pessoas? Essa frase ou pergunta é realmente intrigante. O que é ser uma pessoa? O que é ter a sua subjetividade; a sua individualidade; ser quem você realmente é.

Eu uso com certa frequência a frase "sair do armário". Infelizmente as maioria das pessoas interpretam isto como sendo assumir a homossexualidade, o que na minha opinião esta incorreto, mas é interpretação dada. Pra mim sair do armário é deixar de se esconder e assumir publicamente quem e o que você é, independente do que isso signifique. Esses dias conversei com um colega meu e ele assumiu ser ateu, mas que escondia isto das pessoas por medo de discriminação, e eu delicadamente respondi: saia do armário, assuma quem você é e quais são as suas opiniões sobre isso. (como eu gosto de discutir religião, sempre tive curiosidade de conversar com um ateu) (se você esta lendo isto, fica frio, não revelarei sua identidade).

Subjetividade, pessoa, coisas ruins..., tudo nos leva a pensar e meditar. Será que realmente jogamos pedra na cruz? Será que continuamos a jogá-las? Será que sou uma lembrança ruim para alguém? E assim caminhamos mais um pouco a cada dia, um passo de cada vez.

As vezes penso na teoria do cérebro no barril de Hilary Putnam, onde tudo não passa de mera imaginação nossa, da nossa subjetividade. Citando novamente Dr. Manhattan, a vida é uma névoa, e as pessoas, sombras dentro dela.

Complicado? Acho que não. Abstrato? Talvez. Mas no fim, tudo não passa dos Meus Pensamentos.

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