segunda-feira, 15 de março de 2010

A visão do Ciclope

Olá a todos,

Sim, estou vivo, e continuo na "nuvem" (termo usado para a internet). Faz um certo tempo que não posto nada, portanto aqui vai mais um post filosófico sobre o nada, que é o princípio, o meio e, talvez, o fim.

Na filosofia discutimos a nossa necessidade de dar um sentido às nossas vidas ou achar um motivo dela existir, ou melhor, por que nós existirmos e por que queremos continuar existindo. O Homo Sapiens sempre se diferencia (pelo menos tenta) das demais espécies por que "sabe" ou "sabe que sabe". Mas deixe-me contar uma estória que ouvi no filme do Krull:

Havia um povo que queria muito ver o futuro, e um dia a Besta fez a seguinte proposta: Cada um me dê um olho, e lhes darei a visão do futuro, e assim ocorreu. Surgiram então os Ciclopes, seres mitológicos que possuem somente um olho no meio da testa. O problema é que foram enganados e o único futuro que enxergavam era o momento da própria morte. "They're sad, solitary creatures. Everyone of his race is born knowing the day of his death."

Ok, onde eu quero chegar: Como todo Homo Sapiens muito bem sabe, ele tem uma espécie de prazo de validade, ele "sabe" que vai morrer, e por isso busca um sentido para a sua vida, de forma quase que desesperada. Buscam respostas na religião, na filosofia, dentro de si, e onde mais for possível. Mas será que já pararam para observar um simples cachorro? Ou qualquer outro bicho que o Homo Sapiens considere "inferior". Eles não parecem nem um pouco preocupados, nem um pouco filosóficos, apenas vivem de acordo com seus instintos e sonhos.
Isto inclusive foi citado no filme Projeto Secreto: Macacos (Project X) com Matthew Broderick e Helen Hunt, onde o chimpanzé continua a pilotar no seu simulador após receber uma carga mortal de radiação (experimento mais estúpido).

Mas fechando: Será que o Homo Sapiens não passa de um Ciclope do filme Krull, que apenas enxerga um fim, e esquece de ver e vivenciar o meio? :-\

Até+